A Assembleia Legislativa elege nesta quarta-feira seu novo comando. O mandato, que começa em fevereiro, é de dois anos. A disputa não deve ter qualquer surpresa. O presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PSDB), deve ser reconduzido ao cargo. Também deve permanecer na chapa o primeiro vice-presidente, José Henrique (PMDB), e o segundo vice, Hely Tarquínio (PSDB).
O impasse em torno de quem seria o nome do PT também foi solucionado ontem com a aprovação por unanimidade da bancada da indicação do deputado Adelmo Leão. A oposição ameaça lançar algum nome avulso, mas nada que renda surpresas. O PSD, criado no final do ano passado e já com uma bancada de sete deputados, deve ganhar espaço na mesa. O indicado é o deputado Neider Moreira. Ele vai entrar na vaga de segundo secretário, atualmente ocupada por Alencar da Silveira Júnior (PDT), que deve passar para a terceira secretaria. A ida do parlamentar para a mesa contou com a influência do Palácio da Liberdade. A indicação, além de garantir espaço para o PSD, é um agrado ao deputado insatisfeito com o governo por causa do apoio dado pelo Palácio da Liberdade à eleição de Osmando Pereira (PSDB) em Itaúna. Na disputa, Neider ficou em segundo lugar.
Os acertos finais para a composição da mesa atrapalharam ontem a votação dos 30 projetos que estão na ordem do dia. A bancada governista bem que tentou, mas a oposição não ajudou. No entanto, prometeu hoje colaborar para que sejam votadas pelo menos as propostas de autoria dos deputados e os dois projetos que alteram o estatuto e o regime previdenciário da Polícia Militar. O governo quer apressar ainda a votação do projeto que trata do empréstimo para as obras do metrô.
O líder do PSDB, deputado Lafayette Andrada, disse que os deputados ainda têm muito trabalho pela frente antes do encerramento dos trabalhos, previsto para o dia 13. Ele nega que haja uma má vontade generalizada dos deputados, insatisfeitos com os valores das emendas parlamentares, hoje na casa de R$ 1,5 milhão para cada parlamentar. Os deputados querem que as emendas sejam corrigidas para pelo menos R$ 3 milhões. “Essa é uma demanda recorrente. Não é de hoje que tem essa reclamação”. Segundo ele, esse assunto vai ser tratado com o governo do estado, mas ainda não há nenhuma definição.