Ao rebater declarações da presidente Dilma Rousseff que responsabilizaram Estados dirigidos por tucanos pelo corte menor na conta de energia elétrica a partir de 2013, o senador Aécio Neves (PSDB) disse nesta quarta-feira que "tanto o PT não se preocupou" com a redução dos encargos na conta de luz que, no último dia de seu governo, o então presidente Lula prorrogou a Reserva Global de Reversão (RGR), um dos 12 tributos incidentes na fatura da luz que, nos cálculos de Aécio, jamais foram revogados pelos governos do PT.
Aécio disse que é muito cômodo da parte do governo federal determinar de forma autoritária que o grupo Eletrobras faça adesão à renovação das concessões porque a empresa pode recorrer ao Tesouro. "A Eletrobras precisará no futuro de R$ 8,6 bilhões que lhes foram retirados porque ela precisa continuar investindo por exemplo, em Belo Monte e Santo Antônio", disse. Aécio lembrou que "a Eletrobras terá sempre o Tesouro para recorrer. As empresas estaduais, não".
Ele reafirmou que a decisão das empresas de Minas Gerais, São Paulo e Paraná de não assinar os contratos de renovação das concessões foi técnica. "A área de transmissão aderiu, mas a de geração, não. E, por coincidência, o maior parque de geração fora do governo federal está exatamente em São Paulo, Minas e Paraná, Estados dirigidos pelo PSDB", assinalou.
Aécio disse que o PT tem que parar de querer dividir o Brasil entre os querem e os que não querem reduzir a conta de luz. "O Brasil está, sim, sendo pelo PT dividido em dois: aqueles que defendem o governo e aqueles que defendem o País. O PSDB estará sempre no segundo grupo".