Auditorias da Secretaria de Controle Interno da Presidência e do Tribunal de Contas da União (TCU) confirmaram que o ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Leônidas Cristino (PSB-CE), e seu secretário executivo, Mário Lima Júnior, usaram um convênio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para burlar a lei e contratar, sem licitação ou concurso público, pessoal administrativo para gabinetes em Brasília.
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Líder do PSDB cria grupo para fazer pente fino em auditorias do TCU que envolvem DeltaDelator de corrupção e acusado de chefiar o esquema se reuniram em São PauloCâmara deve votar hoje parecer sobre lei anticorrupçãoBrasil ocupa 69ª posição em ranking de corrupção, mostra estudoConforme relatório da Secretaria de Controle Interno remetido ao TCU, Cristino e Lima Júnior foram obrigados a providenciar a dispensa de ao menos cinco terceirizados por nepotismo, mas pouparam os funcionários públicos envolvidos no caso, o que contraria decreto da Presidência. Eles continuam em cargos comissionados na pasta.
As auditorias confirmam o desvio de finalidade no convênio, pelo qual se empregou 105 profissionais, sendo 39 auxiliares administrativos. Embora o plano de trabalho determinasse o acompanhamento dos projetos e obras do PAC, os terceirizados foram alocados no gabinete de Lima Júnior, signatário do convênio, e até na área de Recursos Humanos da SEP, para atividades como manutenção da folha de pagamentos.
A SEP já liberou R$ 11,2 milhões à Ricardo Franco. Ao verificar os valores do contrato, os auditores do TCU apuraram sobrepreço de ao menos R$ 450 mil. Uma das 15 entidades sem fins lucrativos que mais recebem recursos do governo, a fundação é investigada pelo Ministério Público Federal e pelo tribunal por superfaturamento em outras parcerias. O TCU determinou à SEP que cancele em 180 dias o convênio, abrindo licitação para escolha de uma empresa para substituir a Ricardo Franco..