O relator do processo do mensalão e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, votou pela perda do mandato dos três deputados condenados na ação, João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PR-MT). Em seu voto, ele afirmou que não cabe à Câmara rever a decisão, que deve ser cumprida após a fase de recursos. Depois disso, o ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo, analisava a questão.
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Joaquim Barbosa critica unificação de puniçõesJoaquim Barbosa vota contra unificação de crimes no STFBarbosa derruba supersalário no Tribunal de Contas do Município de São PauloBarbosa espera que a Câmara não proteja condenadosRelator e revisor divergem sobre perda de mandato de deputados 'A nação não aguenta mais este julgamento', diz Joaquim Barbosa"A previsão qualificada no inciso VI do artigo 55 justifica-se quando a sentença condenatória não tenha decretado a perda do mandato, seja por não ter decretado ou por ter ocorrido antes da expedição do diploma", disse o relator. Ele ressaltou que os crimes dos três deputados foram cometidos durante o exercício de mandato e praticados contra a administração pública, o que reforçaria a necessidade de afastá-los da função parlamentar. Ele afirmou que deixar a palavra final para Câmara seria repassar uma função do Judiciário.
"Acho inadmissível compartilhar com outro poder algo que é imanente e inseparável da decisão", afirmou. "Parece-me que não há possibilidade de desqualificação de decisão criminal tramitado em julgado", completou. Barbosa disse ainda que rever a decisão do STF seria pôr em jogo a "credibilidade" do Poder Judiciário.
O relator aproveitou ainda para diferenciar este caso ao de outro parlamentar condenado pelo STF, Asdrúbal Bentes (PMDB-PA).