A Câmara aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei reajustando em 15,8% os salários de 24 categorias de servidores públicos a serem pagos de forma escalonada nos próximos três anos. O projeto se soma a outros seis de aumento salarial e três de criação de cargos aprovados na quarta-feira à noite pelos deputados. Em 2013, o aumento será de 5%. Os projetos integram um pacote de reajustes negociados pelo governo com os servidores públicos.
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Câmara aprova reajuste para servidores públicos federaisDeputados podem votar hoje reajuste de servidores federaisCâmara aprova reajuste para ministros do Supremo Tribunal FederalGastos com salários de servidores do governo federal triplicam em 10 anosServidores administrativos de 11 secretarias estaduais entram em greve nesta quinta-feiraJustiça manda servidora da Assembleia Legislativa de Minas devolver saláriosVereadores de BH querem reajustar o próprio salário ainda este ano em mais de 60%Câmara dos Deputados aprova a criação de mais 2.757 cargos no governo federal"Algumas categorias, como os servidores do Banco Central, do Incra, da Receita Federal e da Susep, não aceitaram em tempo os porcentuais de reajuste propostos pelo governo e, portanto, não foram incluídos na proposta orçamentária enviada ao Congresso", afirmou o deputado Bohn Gass (PT-RS). Ele afirmou que representantes dessas carreiras continuam em negociação com o Ministério do Planejamento.
O acordo fechado entre o governo e as diversas categorias valendo até 2015 livrou a presidente Dilma Rousseff de negociar reajustes salariais com a grande massa do funcionalismo público federal até o fim de seu mandato. O de 15,8%, parcelado nos próximos três anos esvazia a pressão que se repete todos os anos às vésperas da conclusão do projeto de Orçamento.
O texto aprovado nesta quinta beneficia as carreiras de diplomata, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, oficial técnico de inteligência, procurador da Fazenda Nacional, advogado da União, procurador federal entre outras. O custo previsto para cobrir o aumento com essas categorias é da ordem de R$ 624,89 milhões no próximo ano, de R$ 1,05 bilhão em 2014, e de R$ 1,61 bilhão em 2015.
O impacto previsto pelo governo com os projetos aprovados na quarta-feira é de cerca de R$ 11,5 bilhões no Orçamento de 2013.
O reajuste ficou aquém dos 7,12% pretendidos pelos ministros na proposta enviada ao Congresso pelo tribunal. O projeto fixava o valor do salário em R$ 34.436,00 para valer a partir de janeiro do próximo ano. O valor do vencimento do ministro do Supremo serve de teto para os salários do funcionalismo público e tem impacto direto e automático no aumento para toda a magistratura.
O governo tem a previsão de gastar com pessoal no próximo ano R$ 225,9 bilhões, 4,54% em relação ao Produto Interno Bruto. A previsão é que folha de pessoal da União de 2013 cresça 11,19%, o equivalente a R$ 22,8 bilhões em relação a este ano. Parte desse crescimento, R$ 14,3 bilhões, refere-se ao aumento de gastos com o reajuste salarial de 5% (R$ 9,2 bilhões) e a contratação de 61.682 novos servidores (R$ 5,1 bilhões) para os três Poderes. Os R$ 8,5 bilhões são fruto do crescimento vegetativo da folha de pessoal, com a concessão obrigatória de benefícios aos servidores, como adicional por tempo de serviço..