Após registro de voto fantasma durante a aprovação do Orçamento, na última quarta-feira, o uso do painel eletrônico da Câmara Municipal de São Paulo foi suspenso por tempo indeterminado. Tanto a marcação da presença nas sessões plenárias como a votação de cada vereador devem ser feitas em voz alta, no microfone. A medida foi tomada para assegurar a lisura dos trabalhos enquanto a suposta falha não é explicada pela equipe técnica.
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Painel da Câmara de São Paulo registra voto fantasma no orçamentoVereadores eleitos exigem de Serra defesa de KassabO presidente da Casa, José Police Neto (PSD), informou na quinta-feira (06) que solicitou parecer da empresa Visual Sistemas Eletrônicos, responsável pelo painel. Ele quer saber o motivo da falha e receber garantias de que não vai se repetir. Só depois de analisá-lo, o vereador deve decidir pela volta do painel.
Pivô da polêmica
Fernando Estima (PSD) - que teve um voto contrário à aprovação do Orçamento registrado mesmo sem estar na Casa - se mostrou surpreso na quinta-feira (06).
A lentidão gerou reclamações.
Sem o sistema eletrônico, os vereadores são chamados pelo nome e convidados a se posicionar sobre os projetos colocados em votação. A ordem é alfabética e a contagem, manual. Além de lento, o processo é repetitivo. Para aprovar as propostas na quinta-feira (06), o vereador Claudio Fonseca (PPS), que exercia a função de primeiro-secretário, questionou os colegas 756 vezes - ou seja, chamou um por um os 54 colegas para votar em cada um dos 14 projetos na pauta..