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Estado de Minas

PT acusa PSDB de agir em nome de interesse eleitoral na questão da energia elétrica


postado em 07/12/2012 19:49

Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff ter dito que o Tesouro Nacional bancará a diferença para reduzir o custo da energia elétrica, o Diretório Nacional do PT culpou nesta sexta-feira diretamente o PSDB pela criação de obstáculos para a diminuição da conta de luz. Em nota aprovada nesta sexta, a cúpula do PT acusou os tucanos de agirem em nome de interesses eleitorais.

"(...) Governadores do PSDB e seus aliados - derrotados nas últimas eleições e de olho numa revanche em 2014 - são contra a conta de luz mais barata. Assim, colocam seus interesses econômicos e eleitorais acima do bem e da população e do empresariado que está com a presidenta nesta batalha, que dá continuidade à difícil redução dos juros e da carga tributária", diz a nota.

O Palácio do Planalto e o PT decidiram politizar a disputa com o PSDB, depois que as companhias geradoras Cesp (São Paulo), Cemig (Minas Gerais) e Copel (Paraná) recusaram o acordo proposto pelo governo para prorrogar as concessões. A nota do PT diz que "por coincidência" as empresas são de Estados controlados pelo PSDB e afirma que a lucratividade das empresas de energia é "astronômica".

Nos últimos dias, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência, criticou o que definiu como "profunda intervenção do governo Dilma" no setor elétrico. Em tom contundente, Aécio disse que a presidente - sua possível adversária nas eleições de 2014 - cometerá "estelionato eleitoral" se não reduzir as contas de energia em 20,2%, em média, como prometeu em setembro. Irritada, Dilma afirmou que não está fazendo "graça com chapéu alheio", anunciou que o Tesouro bancará a diferença e falou em "insensibilidade" dos que recusaram o acordo.

"Energia mais barata significa 'baixar o custo Brasil', que, para a elite conservadora, é sinônimo apenas de 'salário, leis trabalhistas e gastos sociais'", afirma o documento aprovado pelo Diretório Nacional do PT. O partido aproveitou para dar uma alfinetada no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pela privatização do setor e orientou seus parlamentares e dirigentes a fazerem manifestações em defesa da aprovação da Medida Provisória 579, que trata do assunto.

O secretário Nacional de Comunicação do PT, o deputado federal André Vargas (PR), também criticou os tucanos. "Quando a presidenta (Dilma Rousseff) apresenta uma proposta de redução da energia elétrica, o PSDB politiza e os três Estados que eles governam reagem e não apoiam a presidenta da República. Isso é algo para nós chamarmos a atenção", criticou Vargas, durante encontro da direção do partido, realizado em Brasília.

Para o petista, é nessa hora que o "tucano deixa de ser tucano para ser um pouco como tigre defensor do mercado". "Eles defendem na verdade os acionistas, os rentistas e não defendem os trabalhadores, os mais pobres", afirmou.


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