O advogado de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Nabor Bulhões, se disse "surpreso e estupefato" nesta sexta-feira com a ordem de prisão, pois, recentemente, o Tribunal Federal da 1ª Região (TRF1) concedeu habeas corpus ao seu cliente no mesmo processo. "Me parece que a essa decisão afronta a autoridade e a eficácia do acórdão proferido pelo tribunal", protestou.
Nabor disse no início da noite desta sexta que ainda não havia lido a sentença. Provavelmente, já na segunda-feira, a defesa vai pedir novo habeas corpus para Cachoeira. O contraventor foi preso em casa, por volta das 14 horas, na presença dos filhos, e logo ligou para o advogado. Para Bulhões, a ordem fere os princípios da dignidade da pessoa humana, da liberdade e da presunção da inocência, já que o seu cliente não oferecia nenhum risco e está doente, se recuperando de um transtorno bipolar e isquemia.
"Ele não está bem de saúde. Estava em casa por recomendação médica e só não ficou no hospital por uma razão: é sempre um local perigoso, do ponto de vista da contaminação", reclamou. "Veja bem que grande periculosidade ele oferece. É uma grande brincadeira do direito".