Jornal Estado de Minas

Ministério Público Federal abriu mais de 5 mil investigações de corrupção no país

São Paulo – O Ministério Público Federal (MPF) abriu, de janeiro a outubro deste ano, 5.113 inquéritos policiais envolvendo corrupção, peculato, tráfico de influência e nepotismo. Para apurar atos de improbidade administrativa foram 5.537 inquéritos policiais e inquéritos civis públicos, além de 2.085 procedimentos administrativos. Os números foram divulgados ontem pelo MPF, que reafirmou compromisso de combater a corrupção em todo o Brasil e evitar que verbas da União sejam desviadas de áreas essenciais, como saúde, educação e transporte.

O objetivo dos procuradores é punir os responsáveis na área criminal e pedir a devolução dos recursos públicos desviados. A maioria dos inquéritos policiais de corrupção, tráfico de influência e nepotismo foi aberta nos estados do Paraná (923), São Paulo (626) e Rio Grande do Sul (621). No Rio de Janeiro, foram 323 inquéritos deste tipo. Em Minas, 276.

Os casos de improbidade administrativa apurados pelo MPF resultaram em 1.869 inquéritos policiais e os estados com maior número são Bahia (162), São Paulo (148) e Maranhão (110). O Rio de Janeiro teve 96 inquéritos policiais abertos. Minas Gerais registrou 88.

Segundo o MPF, de 2008 a 2012 foram cadastradas aproximadamente 7 mil ações de improbidade.

A pedido do MPF, a Justiça tem decretado indisponibilidade de bens dos envolvidos. A sentença de condenação é que deve determinar a devolução de valores.

Em nota encaminhada à imprensa, a coordenadora da Câmara Criminal do MPF, Raquel Dodge, afirma que a meta para o próximo ano é elevar o número de ações penais por corrupção em todo o país, fiscalizando a transferência de verbas federais para realização de políticas públicas nos municípios, com objetivo de responsabilizar criminalmente os envolvidos.

Mais de 300 prefeitos já foram denunciados, o que deverá fazer levar à restrição da atuação política pela Lei Ficha Limpa. De acordo com a nota, foram 224 ações penais apenas na primeira região da Justiça Federal, o que equivale a quase 10% dos 2.540 municípios da jurisdição. .