Em mais um ato em que se distancia do PT aos poucos, o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, decidiu nesta segunda-feira se afastar do governo do Distrito Federal. O partido devolveu ao governador petista Agnelo Queiroz as secretarias da Agricultura e Turismo e a administração do Lago Norte. "O governador se distanciou de seus compromissos políticos e administrativos, mostrou-se ineficiente e transformou a saúde e a segurança num caos", afirmou o senador Rodrigo Rollemberg, secretário-geral do PSB de Brasília.
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Dilma "afaga" PSB e Cid Gomes lança governador de Pernambuco candidato a viceDilma quer evitar 'ruído' entre PT e PSB, diz governadorPSB é a 'noiva da vez' para 2014, diz analistaTribunal aprova prestação de contas do governo de Agnelo Queiroz com ressalvasNos bastidores, porém, o que se sabe é que Rollemberg e Eduardo Campos concluíram que o PSB ficaria inviabilizado eleitoralmente em 2014 no Distrito Federal caso mantivesse a aliança com o PT. Uma forma de tornar o partido competitivo para disputar o governo em 2014, mesmo que contra o PT, seria romper a aliança.
Ao anunciar que o PSB estava saindo do governo, Rollemberg disse que o partido passou por vários constrangimentos ao longo da administração de Agnelo, que acabou por ser envolvido nas denúncias a respeito do contraventor Carlinhos Cachoeira. "Entendemos que poderíamos construir uma mudança nos rumos do governo, fazendo-o voltar a se comprometer com os compromissos de campanha. Mas isso não ocorreu", disse Rollemberg.
"Os problemas de saúde e de segurança se agravaram enormemente nos últimos dois anos, gerando uma insatisfação enorme no conjunto da população e uma insatisfação em todos os partidos políticos que se comprometeram com essa eleição (de Agnelo)", continuou o senador. Ele afirmou ainda que a insatisfação com o governador hoje é registrada no PDT - o que foi confirmado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) - e até no PT.
Rollemberg disse ainda que o PSB viu seus quadros serem marginalizados no governo de Brasília. "O que se percebe no governo é a concentração do poder nas mãos de poucas pessoas, a falta de diálogo com os movimentos sociais e com a sociedade civil, a ausência de transparência e a incapacidade administrativa para solucionar problemas graves"..