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Estado de Minas

Sarney promete colocar em regime de urgência votação dos vetos dos royalties

Sarney afirma que decisão da presidente será colocada hoje em votação em regime de urgência. Bancada mineira pressiona


postado em 11/12/2012 06:00 / atualizado em 11/12/2012 07:55


O veto da presidente Dilma Rousseff (PT) à proposta de redistribuição dos royalties do petróleo a todos os estados brasileiros, e não apenas aos chamados produtores da commodity, será colocadonesta terça-feira em regime de urgência e votado em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado. A garantia foi dada nessa segunda-feira pelo presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), a parlamentares dos estados que passarão a receber os recursos se a decisão da presidente for derrubada. No caso de Minas, o aumento será de R$ 91,5 milhões, pela regra atual, para R$ 757 milhões, ou seja, um crescimento de R$ 665,5 milhões.

José Sarney já havia informado aos parlamentares que colocaria o veto em votação caso fossem conseguidos 50% mais uma assinatura dos 513 deputados federais e 81 senadores. O deputado Fabinho Liderança (PV-MG), coordenador da bancada do estado, disse acreditar que o número já tenha sido alcançado. “Temos que mostrar a soberania do Congresso Nacional”, disse. “Amanhã (hoje), nós vamos ter sessão do Congresso e o que tenho notícias é de que os líderes vão apresentar um pedido de urgência. Uma vez que ele seja aprovado, evidentemente que vai ter que ser colocado em votação”, afirmou Sarney.

Segundo o vice-líder do PMDB na Câmara e presidente do partido em Minas, Antônio Andrade, as bancadas dos três estados beneficiados pela manutenção dos vetos – Rio de Janeiro, Espírito Santo e, em menor proporção, São Paulo – estão isoladas, sem qualquer capacidade de pressionar para que os vetos não sejam votados. Juntos, os três estados, de cujo litoral é extraída a maior parte da produção do óleo no país, têm 126 dos 513 deputados. No Senado, têm nove dos 81 parlamentares.

Saída

O Palácio do Planalto ensaiou uma reação à mobilização no Congresso. Na quarta-feira, Dilma autorizou o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), a negociar uma saída que desagradasse menos aos dois lados. A única orientação foi no sentido de tentar manter a parte do texto que destina os recursos dos royalties do petróleo que passará a ser extraído para a educação.

Uma das possibilidades cogitadas pela base aliada do Planalto seria retomar a divisão percentual dos poços já licitados que constam no texto aprovado pelos parlamentares. Os estados e municípios contrários à redistribuição dos recursos continuariam recebendo o mesmo volume em valores absolutos, mas, à medida que as extrações do óleo começassem a dar mais lucro, o excedente seria dividido entre as demais regiões.

A lista dos parlamentares que defendem a urgência na apreciação do veto será entregue na manhã de hoje a José Sarney. Os deputados e senadores querem aproveitar o encontro e reforçar as críticas à justificativa usada pelo Planalto e pelos representantes do Rio de Janeiro e do Espírito Santo no Congresso Nacional de que a nova lei traria insegurança jurídica por afetar contratos já assinados entre o poder público e empresas do setor de exploração de petróleo. A sessão conjunta para apreciação dos vetos está marcada para as 12h30. (Com agências)


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