A presidente Dilma Rousseff repetiu o discurso feito mais cedo pelo presidente francês François Hollande que pede reação dos países com superávit comercial elevado no enfrentamento à crise. "Achamos que os países superavitários deveriam tomar providencias para ampliar investimento. É importante trabalhar com outros países para evitar que as políticas recessivas continuem a impedir o crescimento internacional", disse Dilma em coletiva de imprensa após reunião com Hollande.
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Conteúdo de depoimento de Valério é 'lamentável', diz DilmaDilma embarca para a Europa com seis ministros na comitivaMundo percebe avanço do Brasil, diz DilmaPresidente Dilma fica na Rússia até o próximo sábadoEm Paris, presidente Dilma defende cooperação para sair da criseA presidente brasileira repetiu o discurso feito semanas antes na Espanha de que a austeridade não é a melhor opção como reação à crise. "Concordamos que políticas exclusivas de austeridade mostram seus limites. Os limites estão dados pelo fato de que, ao invés de reduzir a crise, isso amplia a crise", disse, ao comentar que países têm observado aumento do desemprego, desesperança e redução das classes médias.
Para reagir, Dilma defende uma "nova forma" de agir em uma estratégia que possa misturar crescimento econômico com responsabilidade e justiça social. "Espero que prevaleça a saída da crise com um plano de ajuste de médio e longo prazo, com aumento dos investimentos no curto prazo", disse.
Assinatura de acordos, mas não militar
Já o presidente François Hollande disse que "por enquanto" não anunciaria nenhum contrato na área militar com o Brasil. "Na área de defesa, temos uma grande cooperação, como submarinos e helicópteros. Mas, por enquanto, não quero falar de contratos. Quero falar da qualidade da relação entre os dois países", disse Hollande.
Logo após assinar oito acordos em várias áreas com o Brasil, o presidente francês comemorou o avanço da relação entre os dois países. "Acabamos de assinar muitos acordos em diferentes domínios como educação, correios e até sobre a champagne. Juntos temos projetos ainda maiores, sobretudo no setor industrial", disse, ao comentar que há "uma série de projetos" em comum como transportes, segmento aeronáutico, militar, civil e alimentar.
Hollande afirmou, ainda, que os dois presidentes voltarão a se reunir no próximo mês, quando ele e Dilma inaugurarão uma ponte na divisa entre o Brasil e a Guiana Francesa..