O corregedor-geral do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, rejeitou recurso administrativo do Ministério Público e determinou retificação do registro de óbito do jornalista Vladimir Herzog, assassinado em outubro de 1975 na sede do DOI-Codi, núcleo da repressão militar instalado no antigo II Exército. No documento, onde consta como causa do óbito “asfixia mecânica por enforcamento” será lançado que Herzog teve “morte por decorrência de lesões e maus tratos sofridos durante interrogatório em dependência do II Exército (DOI/Codi)”.
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Retificação do óbito de Herzog cria precedenteAtestado de óbito de Herzog dirá que ele morreu por maus-tratos Família Herzog refuta defesa do governo à OEALei de anistia barra investigação sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog Família de Herzog recebe novo atestado de óbitoPresidente da CBF se irrita ao ser relacionado à prisão de HerzogMorte de Vladimir Herzog provoca petição contra o estado brasileiro na OEAMinistro da Justiça pede aprovação de novas regras da Lei Seca antes do período de fériasA retificação no registro da morte de Herzog foi comunicada pela Comissão Nacional da Verdade à 2.ª Vara de Registros Públicos da Capital. O pedido foi instruído com requerimento da viúva, Clarice Herzog, que juntou a célebre sentença do juiz federal Márcio José de Moraes que, em 1978, condenou a União pela morte do jornalista. .