O confronto entre os Estados pela nova regra de distribuição das receitas da produção do petróleo - royalties e participação especial - levou o assunto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) entrou com mandado de segurança para tentar anular a votação dessa quarta-feira no plenário do Congresso, na qual os parlamentares avançaram para derrubar o veto feito pela presidente Dilma Rousseff à regra que prevê uma distribuição mais equilibrada dos recursos entre todos os Estados.
Leia Mais
Dilma diz que não pode fazer nada para impedir redivisão de royalties do petróleoCongresso aprova urgência para votar vetos ao projetos dos royaltiesVotação de veto sobre partilha dos royalties do petróleo preocupa PlanaltoGovernadores entram na briga contra o veto dos royalties do petróleoPresidente do Congresso decide hoje se convoca sessão para votar veto dos royaltiesSem definição da partilha dos royalties do petróleo, educação fica para depoisSTF confirma condenação do deputado federal DonadonRose de Freitas pedirá a Sarney adiamento de votaçãoVotação do veto sobre royalties depende de FuxGoverno do Rio já tem ação pronta para ingressar no STF se veto for derrubadoNa sessão dessa quarta-feira do Congresso - quando a Câmara e o Senado se reúnem conjuntamente no plenário - os parlamentares aprovaram o regime de urgência para a votação desse veto, passando o tema na frente de uma lista de outros 3 mil vetos presidenciais que ainda não foram apreciados.
No mandado de segurança, Molon argumenta que a Constituição e o processo legislativo foram desrespeitados. Ele cita o artigo da Constituição (artigo 66) que trata das votações do veto, para afirmar que não há essa possibilidade de urgência. Em um dos parágrafos do artigo, o texto constitucional estabelece o prazo de 30 dias para a votação do veto. Segundo ele, não é "viável a apreciação seletiva ou aleatória de um único veto, desprezando-se todos os demais que se encontram pendentes", além de não seguir um critério objetivo razoável..