A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, disse em entrevista ao jornal francês Le Monde que não aceitará a corrupção no seu governo e que as acusações de que seu predecessor Luiz Inácio Lula da Silva teria participado do esquema do mensalão são lamentáveis. "Eu não vou tolerar a corrupção, e meu governo também não", declarou Dilma, acrescentando que todos aqueles que utilizam dinheiro público devem prestar contas. "Caso contrário, a corrupção se espalha."
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Na entrevista, Dilma afirmou também que o fraco crescimento econômico apresentado pelo País é resultado de uma fase de transição vivida pelo Brasil. "Nós estamos em uma fase de transição. A crise internacional provocou uma desaceleração da economia brasileira em junho de 2011.
Perguntada se o Brasil é o país do futuro, Dilma respondeu que "os empresários europeus sabem que esse será o caso se nós investirmos nas indústrias de manufatura, infraestrutura e transformação". Segundo ela, o desafio que o País enfrenta é a competitividade, que não é um fim em si mesmo. "Se não aumentarmos a taxa de investimento, não vamos atingir um crescimento acelerado, capaz de buscar a inclusão social e a expansão do mercado".
A presidente destacou na entrevista que a dimensão do mercado brasileiro, as oportunidades em infraestrutura e a força da indústria explicam porque o Brasil se tornou um dos principais destinos de investimento direto estrangeiro, que totalizou US$ 66 bilhões em 2011 e 63 bilhões nos primeiros nove meses deste ano.