O senador petista Jorge Viana (AC) afirmou nesta quinta-feira que, mesmo diante do que considera uma "campanha para destruir a imagem" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não se pode fazer política na base do "olho por olho". Viana criticou o convite aprovado na Comissão Mista de Controle de Inteligência, com o apoio do líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), para que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fale sobre uma suposta lista de propina em Furnas no seu governo.
Viana reagiu ao que considera como "repercussão fora do comum" às declarações do empresário Marcos Valério feitas ao Ministério Público Federal e reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que pagou despesas pessoais do ex-presidente Lula. "Não é o senhor Marcos Valério que quer desmoralizar o presidente Lula, é uma orquestração", afirmou o petista.
Para o petista, Lula não é desonesto, não compactua com a corrupção e tampouco é antidemocrático. "Não tentem pegar este caminho", afirmou Viana, que acredita haver um "ambiente de enfrentamento institucional". O senador disse que "obviamente" alguns não se conformam com os dez anos de governos do PT, mas, na opinião dele, as acusações beiram a um golpe.