O PMDB de Minas Gerais cobrou nessa quinta-feira um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas não garantiu apoio à petista em uma eventual campanha pela reeleição em 2014. O partido fez convenção ontem para reconduzir o deputado federal Antônio Andrade à presidência da legenda e definir os demais cargos do diretório. Desta vez sem disputa interna, a reunião se tornou palanque para os integrantes do partido propagandearem a unidade da legenda, tradicionalmente marcada por rachas no estado.
Apesar dos planos, Andrade não disse se o partido fará uma oposição mais ferrenha ao governo de Minas, comandado pelo PSDB. “O que defendemos não é contra ninguém, é a favor de Minas Gerais”, alegou. Questionado em seguida se o governo Dilma estaria sendo bom para o estado, o presidente do PMDB se esquivou: “Ainda estamos no segundo ano de governo e há obras anunciadas para Minas”.
2014
Andrade não respondeu se o partido fica com Dilma ou com uma possível candidatura do senador Aécio Neves (PSDB), de quem já foi base, à Presidência. Lembrou que o partido tem hoje o vice-presidente e até ele pode vir a se candidatar. “Faltam dois anos ainda”, disse. Fazendo coro com os colegas de partido que cobraram mais uma vez um cargo relevante para os peemedebistas mineiros, Andrade disse que o partido pede o que lhe cabe, mas só Dilma pode decidir se ele terá uma posição. Ele garantiu que não vai haver rebelião. “Haverá uma eleição daqui a dois anos e a presidente sabe qual a importância do PMDB de Minas Gerais”, insinuou. Adalclever Lopes será o novo líder do partido na Assembleia Legislativa.