Como já tinha feito durante visita oficial à França, no início da semana, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira, perante uma plateia de empresários russos que participaram do Fórum Empresarial Brasil-Rússia, em Moscou, que o Brasil é um País de oportunidades e aberto a parcerias com investidores estrangeiros. "O Brasil está em situação favorável hoje, crescendo ao mesmo tempo em que mantém a estabilidade macroeconômica", afirmou.
Segundo Dilma, o Brasil e a Rússia têm em comum a necessidade de mais investimentos e pede para que ambas as nações se mobilizem nesse sentido. "Quero deixar essa mensagem, tanto no sentido dos fluxos comerciais quanto nos investimentos recíprocos", diz.
Dilma Rousseff também apresentou aos empresários as conquistas macroeconômicas do Brasil, principalmente a convergência da taxa básica de juros ao nível internacional, e destacou o interesse de seu governo em "articular com o setor privado todas as políticas para alcançar um crescimento acelerado".
A presidente ressaltou a riqueza energética da Rússia e o potencial também na área de energia e de alimentos do Brasil. Acrescentou, no entanto, que os dois países não podem limitar seu comércio a esses segmentos. "Não podemos restringir nossa pauta de comércio", afirmou, acrescentando que as prioridades russas se convergem nesse tema.
Em seguida, ela citou a necessidade de ampliar as relações para os setores de manufaturas e serviços, além de modernizar as indústrias e fortalecer a inovação tecnológica. "Somos países de grandes mercados", acrescentou, enaltecendo também a excelência científica da Rússia e o interesse do Brasil em ampliar relações nessa área.
Depois de discorrer sobre os avanços sociais conquistados pelos dois países nos últimos anos, Dilma ressaltou que o desafio de Brasil e Rússia é a competitividade e a necessidade de manter o dinamismo das economias.
A presidente citou ainda os eventos esportivos que o Brasil vai sediar nos próximos anos e lembrou que a Rússia também será palco dos Jogos Olímpicos de Inverno, em 2014 e da Copa do Mundo de 2018. "Uma cooperação e troca de experiências é possível na infraestrutura, segurança de jogos, logística e transportes urbanos" disse. "Temos de realizar investimentos entre os nossos países", acrescentou.