A Prefeitura de Belo Horizonte informou nesta sexta-feira, por nota, que “não haverá nenhuma redução no orçamento para a educação. Nenhum recurso será retirado da Educação para ser aplicado em obras da Copa”. Ainda segundo a PBH, a administração de Marcio Lacerda (PSB), “sempre aplicou na Educação percentuais superiores ao que está previsto na Constituição”. Apesar disso, conforme noticiou o Jornal Estado de Minas, em primeira mão, na edição de hoje, a PBH entrou com ação cautelar no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para suspender legislação que obriga o município a investir em educação 30% de seu orçamento – em vez dos 25% exigidos pela Constituição. O município alega que pode ter as contas rejeitadas com a manutenção da regra e prejudicar com isso até mesmo os investimentos para a Copa do Mundo de 2014.
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PBH entra na Justiça contra lei que obriga mais investimentos em educaçãoEducação fica com os 30% do orçamento de BHPrefeitura de Belo Horizonte terá mais duas secretariasCâmara aprova projeto da PBH que altera a verba da educaçãoUma das argumentações da PBH é de que com a possível rejeição das contas por causa da manutenção do investimento dos 30% em educação a cidade ficaria prejudicada com o comprometimento abrupto das finanças, “inclusive obstaculizando execução de projetos relacionados à mobilidade urbana, entre outros que se inserem na imperativa agenda nacional para a Copa do Mundo de 2014”.
Na nota enviada no final da tarde, o Executivo esclarece que a Lei Orgânica do Município fere a Constituição quando altera o índice a ser aplicado na educação e cita que o próprio STF já teria reconhecido que os municípios devem segui-la prioritariamente. “A Administração foi ao Supremo Tribunal Federal para pugnar pela prevalência do critério previsto na Constituição por ser de hierarquia superior ao critério previsto na Lei Orgânica, e não para diminuir os recursos que vem aplicando na área da educação”.
Apesar da intenção explícita na ação cautelar, a PBH informa que “continuará investindo na educação recursos em montantes superiores aos previstos na Constituição”.
Com Juliana Cipriani.