Um protesto contra aumento do salário dos vereadores, prefeito e secretários terminou em tumulto nesta sexta-feira na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Cerca de 20 manifestantes que ocupavam as galerias da Casa se irritaram quando a sessão foi encerrada por falta de quorum, sem que nenhum dos 16 projetos previstos na pauta fosse apreciado pelos parlamentares. Como protesto, eles começaram a arremessar moedas no plenário e uma delas caiu próximo ao vereador Leonardo Mattos (PV). Neste momento, alguns funcionários da Casa se irritaram e foram tirar satisfações o que terminou em empurra-empurra e discussão.
Um dos manifestantes alegou que teria sido agredido “com um soco de leve” no rosto e outro na barriga. Em uma rede social na internet, os manifestantes alegaram funcionários da Câmara estavam “debochando” do protesto. “Algo nos chamou a atenção! Vários assessores de vereadores e funcionários da câmara estavam na galeria do plenário e ficaram debochando do protesto dos manifestantes”, afirmaram. E aproveitaram para convidar outros manifestantes para comparecer na próxima terça-feira para novo protesto. “A luta contra o aumento salarial é muito maior que imaginávamos. Parece que na terça-feira haverá a votação para decidir sobre o aumento e com certeza estaremos lá presente mais uma vez. Sabemos que vários outros movimentos estarão presentes assim como estiveram hoje”, conclamaram.
Se aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), o reajuste vai elevar o subsídio dos vereadores, atualmente em R$ 9.288,05, para R$ 12.459,92. O contracheque do prefeito vai sair de R$ 19.080 para R$ 23.430,24 e o do vice-prefeito e dos secretários, que hoje recebem R$ 12.783,60, vai passar para R$ 15.698,26, enquanto o dos secretários-adjuntos passará de R$ 10.494,00 para R$ 12.886,63. Outros agentes políticos que têm o salário fixado aos dos secretários – os responsáveis pelas regionais (9), pelas empresas e autarquias (6) e fundações (3) – também serão favorecidos pela medida.
Com Alice Maciel