Paulo Vieira, alvo da Operação Porto Seguro e apontado como chefe de quadrilha que corrompia servidores de órgãos federais para compra de pareceres técnicos, saiu da trincheira do silêncio e acusa o Ministério Público Federal e a Polícia Federal de “blindarem a ministra Izabella Teixeira”, do Meio Ambiente. Ele afirma que a ministra fez “pressão” para que fosse aprovado projeto de interesse do ex-senador Gilberto Miranda, denunciado por corrupção ativa.
Vieira se apresenta como “um petista de baixo clero” e defende Rose categoricamente. Revela-se indignado e amargurado. Recorre a Deus frequentemente, a quem pede proteção nesta etapa difícil de sua vida.
Classifica a ANA de “cabide de emprego”. Desafia que provem contra ele prática de ilícitos e diz não ter intenção de delatar outros nomes - em conversas reservadas havia admitido a possibilidade de contar o que sabe, como divulgou o Estado.
Vai provar, avisa, sua inocência à Justiça. Aponta laços entre o ex-ministro dos Portos Pedro Brito e Miranda. “Tenho provas de tudo.”
Repudia o papel que lhe é imputado pela acusação. “Que quadrilha é essa que supostamente só participou de dois pareceres em anos de ‘atividades’? Onde está o dinheiro de propinas que recebi?”