Nesta semana, antes do recesso parlamentar, os deputados federais devem votar as emendas que tratam do setor elétrico. As duas medidas privisórias em tramitação trancam a pauta das assessões ordinárias da Câmara.
Os deputados aprovaram na última quarta-feira o texto principal da medida provisória que antecipa a prorrogação de concessões de energia elétrica com vencimento entre 2015 e 2017 e diminui encargos do setor. Nesta semana, o plenário terminará a votação dos destaques ao texto.Leia Mais
PMDB deve votar a favor de redução de tarifa de energiaPT acusa PSDB de agir em nome de interesse eleitoral na questão da energia elétricaPimentel diz que agora é 'bateu, levou' sobre PSDB ser contra redução de energiaGoverno não recuará da decisão de reduzir preço da energia, diz DilmaSegundo o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), a aprovação dessa emenda poderá significar redução de mais 5% na conta de luz. “Entendemos que é justo retirar o PIS e a Cofins, contribuições que ficam só nos cofres federais. Isso não vai afetar as finanças dos municípios nem dos estados, e o governo federal já tem uma arrecadação muito alta. É a hora de o governo federal mostrar que quer, na prática, reduzir a conta de luz”, disse o deputado.
Em contrapartida, o deputado José Guimarães (PT-CE), vice-líder do governo na Câmara, criticou a intenção da oposição de alterar a MP. "O PSDB ficou o tempo todo dizendo que era contra a medida provisória, e é contra porque não quer a redução das tarifas de energia.
Guimarães lembrou que a medida provisória já diminui encargos do setor elétrico, o que deve resultar em redução na conta de luz. O governo estima que a tarifa final vai diminuir cerca de 16% nas residências e 28% na indústria: “Essa medida provisória é fundamental para a indústria nacional, porque diminui o custo Brasil. Além disso, reduz as tarifas para o pequeno consumidor."
O parecer aprovado em plenário para a essa MP também incorpora as mudanças recentes feitas por outra MP para corrigir parte da indenização por investimentos realizados pelas empresas que aceitaram os termos da prorrogação de concessões.
À indenização total de R$ 20 bilhões para essas empresas, divulgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 1º de novembro, devem ser somados cerca de R$ 10 bilhões, a maior parte para as transmissoras de energia, que já tinham um total de R$ 12,9 bilhões..