Tumultuado desde o início, o julgamento do mensalão foi encerrado no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta segunda-feira . Foram 53 sessões em mais de quatro meses de julgamento. Dos 37 réus, 25 foram condenados. Destes, 11 terão de cumprir pena inicialmente em regime fechado. Entre estes está o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado a 10 anos e 10 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha.
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STF desiste de fixar valor de ressarcimento para condenados do mensalãoJulgamento do mensalão é encerrado na tarde desta segunda-feiraPara ministro Celso de Mello, STF tem '"monopólio da última palavra"Perda do mandato de deputados depende agora de recursos e da CâmaraSTF cassa mandato e direitos políticos de três deputados condenados no mensalão Gurgel diz que deverá pedir nesta semana a prisão dos condenados no mensalão Gurgel critica intervenções dos advogados sobre prisões para condenados no mensalãoDefesa de condenados no processo do mensalão cobra definição do STFAliados criticam resultado de julgamento do mensalãoOAB defende cumprimento de decisão do STF sobre perda de mandatoBarbosa pode decidir prisões de condenados no mensalão individualmenteDecisão do STF sobre perda de mandatos é "ingerência" no Legislativo, diz Marco MaiaCâmara vai à Advocacia-Geral da União e ameaça não cumprir decisão do STFBarbosa pode decidir sozinho sobre prisão imediataConcluir julgamento é 'proeza', diz Joaquim Barbosa"O caso é tão inusitado e tomou tanto tempo dos colaboradores", justificou Barbosa. "Não cabe o registro em ata, isso nunca houve", rebateu Marco Aurélio. "Está havendo porque esse é um processo que causou traumas", disse o relator e presidente do tribunal.
Na última sessão, o tribunal decidiu que os deputados condenados no processo perderão o mandato e caberá à Câmara apenas declarar essa medida. O tribunal não quis fixar um valor mínimo para o ressarcimento ao erário dos desvios registrados. Foi rejeitado ainda um pedido da defesa de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, que queria acesso aos autos de outro processo. Os ministros aproveitaram ainda para registrar alguns reajustes de votos quanto a multas aplicadas, mas sem alterar os placares finais.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu que não fosse avaliado o pedido de prisão imediata. Ele afirmou que vai tratar do tema em uma petição que fará ao STF.