O advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-presidente do PT José Genoino, apresentou nesta terça-feira um pedido para que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decida na quarta-feira sobre a eventual prisão imediata dos condenados no processo do mensalão. A defesa de Genoino argumenta que a Corte tem a obrigação de apreciar o pedido, uma vez que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, já apresentou essa proposta quando fez, no início do julgamento em agosto, sua sustentação oral.
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Para o advogado de Genoino, essa é uma questão "muito séria" e o conveniente, na opinião dele, é que seja apreciada pela integralidade da Corte. Se a matéria não for apreciada na quarta último dia de sessão plenária antes do recesso forense, é possível que ela seja decidida individualmente pelo relator do mensalão e presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa. Há previsão regimental para que esse pedido possa ser apreciado pelo presidente do STF.
Reservadamente, os advogados temem que Joaquim Barbosa venha a decretar sozinho a prisão dos condenados no processo antes de esgotados todos os recursos cabíveis para a conclusão do caso. Dos 25 considerados culpados pela Corte, 22 deles têm de cumprir pena inicialmente em regime fechado ou semiaberto.