O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, criticou nesta quarta-feira a tentativa dos advogados da Ação Penal 470, o processo do mensalão, de antecipar o julgamento sobre os pedidos de prisão imediata dos condenados. Gurgel disse que apresentará nova petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias, com mais argumentos para justificar a medida.
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Defesa de condenados no processo do mensalão cobra definição do STFAliados criticam resultado de julgamento do mensalãoBarbosa pode decidir prisões de condenados no mensalão individualmenteJulgamento do mensalão é concluído no STF com novo bate-bocaBarbosa pode analisar prisões de condenados no mensalão até o fim da semanaGurgel diz que deverá pedir nesta semana a prisão dos condenados no mensalãoO STF faz desta quarta-feira a última sessão plenária do ano. A partir desta quinta-feira começa o recesso de fim de ano, que vai até o dia 1º de fevereiro. Durante o período, o Tribunal fica apenas com um ministro plantonista, que pode ser o presidente ou o vice-presidente Ricardo Lewandowski. Eles são responsáveis por decidir questões urgentes.
Para Gurgel, a questão das prisões merece urgência porque é necessário dar efetividade à decisão do Supremo, que condenou 25 réus, 22 deles a regime fechado ou semiaberto. “Não podemos ficar aguardando a sucessão de embargos declaratórios , haverá certamente a tentativa dos incabíveis embargos infringentes .
Gurgel havia pedido a execução imediata das sentenças na defesa oral apresentada no início do julgamento, em agosto. Ele argumentou que o cumprimento de decisões proclamadas pela Suprema Corte deve ser imediato, porque não cabe mais recursos em outras instâncias. Na última segunda-feira, quando o pedido estava pronto para ser julgado, ele recuou e disse que apresentará nova petição reforçando os argumentos para as prisões imediatas nos próximos dias..