O presidente do Senado, José Sarney, descartou nesta quarta-feira a hipótese de caos jurídico na votação aos vetos da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que redistribui os royalties do petróleo. A questão foi suscitada pelos jornalistas, prevendo a ocorrência de novo recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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Deputados e senadores se preparam para votar hoje vetos aos royalties do petróleoCongresso manobra para votar hoje divisão dos royalties do petróleoCongresso reage contra STF para definir divisão dos royaltiesDivisão igualitária dos royalties do petróleo pode ficar para 2017Sarney vai deixar a presidência do Senado no próximo dia 1ºSTF tem ano atípico com três presidentes e maior julgamento da históriaSTF tem última sessão do ano sem decisões de impactoDe acordo com o senador, o último recurso ajuizado naquela Corte – o dos parlamentares contrários à derrubada dos vetos impostos pela presidente da República – está nas mãos de um ministro altamente qualificado para deliberar sobre o conflito.
" O relatório está entregue ao ministro Luiz Fux, que é um ministro bastante experiente, com uma grande tradição de jurista e de juiz, de maneira que ele é quem tem que decidir sobre o recurso, que é absolutamente normal e processual" observou Sarney.
O senador lembrou que, ao conduzir essa sessão conjunta, em que serão votados 3.060 vetos, está apenas cumprindo o que foi deliberado pelo Legislativo.
Depois de frisar que o Parlamento não tem feito nada que fira as normas regimentais, o presidente do Senado explicou os cuidados a que se dedica para que nada fuja à fria letra do que manda a legislação. " Nós não fizemos nada que não fosse da forma regimental. Tenho muito cuidado com isso. Eu só tomo decisões consultando as lideranças da Casa, consultando a Mesa da Casa, para que as responsabilidades sejam divididas. Não tenho o direito de errar.
Com Agência Senado.