A reinauguração do Mineirão, nesta sexta-feira, exatamente no dia programado no início da reforma, sem qualquer atraso, é o resultado de um planejamento rigoroso e de uma soma de outros fatores, entre eles o ineditismo de uma parceria público-privada (PPP) firmada pelo governo de Minas no valor de R$ 665 milhões. A entrega do empreendimento respeitando o cronograma inicial coloca Belo Horizonte como uma referência para o país. A estratégia escolhida para execução da obra e administração do novo equipamento aposta na prestação de serviço de qualidade condicionada aos gastos do Executivo mineiro com o novo estádio. Entre outras coisas, isso significa dizer que caso o usuário não fique satisfeito com as instalações as empresas do consórcio responsável pela obra serão obrigadas a promover descontos nas parcelas devidas pelo governo de Minas.
Do total gasto para entregar o Mineirão ao público como um estádio de Primeiro Mundo, 98,3% vieram do setor privado, que ficou responsável pela execução da obra e vai administrar o campo por 25 anos. O consórcio formado por três construtoras, que investiu R$ 654 milhões, no entanto, vai ter que prestar um serviço de alta qualidade para obter retorno com o estádio. A concessão para uso comercial – lojas, estacionamento, shows, etc. – é uma das apostas das empresas para tornar o empreendimento lucrativo, e caso o retorno seja positivo, as contrapartidas firmadas com o Palácio da Liberdade terão descontos, podendo representar uma economia de R$ 300 milhões aos cofres públicos.
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Metas
Segundo o gerente do programa de PPP do governo de Minas, Marcos Siqueira, ao priorizar o cumprimento de metas para a prestação serviços por meio de indicadores de qualidade, ficará garantida uma relação de ganho tanto para os setores público e privado, quanto para os usuários.
Por meio de pesquisas de opinião semestrais com o público, o governo e o consórcio administrador vão poder acompanhar a satisfação com as novas instalações. Também serão avaliados entre os usuários (torcedor, imprensa e clubes) outros itens ligados a prestação de serviço, como limpeza das instalações, segurança e manutenção da infraestrutura. Caso o retorno seja negativo, o estado poderá impor penalidades aos administradores, reduzindo os repasses e até mesmo interrompendo a concessão do estádio. “A qualidade do que será entregue ao público foi colocada em primeiro lugar. Essa parceria teve algumas peculiaridades importantes, com um investimento privado e garantias de que o retorno ficará condicionado ao bom desempenho”, ressalta o gerente do programa de PPP..