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Estado de Minas

Sem atraso, obra do Mineirão vira referência para o país

O novo Mineirão, que será entregue amanhã ao público sem um dia de atraso, vira referência de obra bem-sucedida e exemplo de sucesso da parceria entre governo de Minas e setor privado


postado em 20/12/2012 06:00 / atualizado em 20/12/2012 07:57

Governador Antonio Anastasia e o senador Aécio Neves no gramado do Mineirão no aniversário de 115 anos de BH: Minas Gerais na vanguarda(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A PRESS)
Governador Antonio Anastasia e o senador Aécio Neves no gramado do Mineirão no aniversário de 115 anos de BH: Minas Gerais na vanguarda (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A PRESS)


A reinauguração do Mineirão, nesta sexta-feira, exatamente no dia programado no início da reforma, sem qualquer atraso, é o resultado de um planejamento rigoroso e de uma soma de outros fatores, entre eles o ineditismo de uma parceria público-privada (PPP) firmada pelo governo de Minas no valor de R$ 665 milhões. A entrega do empreendimento respeitando o cronograma inicial coloca Belo Horizonte como uma referência para o país. A estratégia escolhida para execução da obra e administração do novo equipamento aposta na prestação de serviço de qualidade condicionada aos gastos do Executivo mineiro com o novo estádio. Entre outras coisas, isso significa dizer que caso o usuário não fique satisfeito com as instalações as empresas do consórcio responsável pela obra serão obrigadas a promover descontos nas parcelas devidas pelo governo de Minas.

Do total gasto para entregar o Mineirão ao público como um estádio de Primeiro Mundo, 98,3% vieram do setor privado, que ficou responsável pela execução da obra e vai administrar o campo por 25 anos. O consórcio formado por três construtoras, que investiu R$ 654 milhões, no entanto, vai ter que prestar um serviço de alta qualidade para obter retorno com o estádio. A concessão para uso comercial – lojas, estacionamento, shows, etc. – é uma das apostas das empresas para tornar o empreendimento lucrativo, e caso o retorno seja positivo, as contrapartidas firmadas com o Palácio da Liberdade terão descontos, podendo representar uma economia de R$ 300 milhões aos cofres públicos.

O governador Antonio Anastasia (PSDB) disse que apesar de a reforma do estádio ter sido motivada pela Copa do Mundo no Brasil, ele foi concebido para ter alcance maior e servir à cidade, mesmo depois do evento. “O novo Mineirão é uma das arenas multiuso mais modernas do mundo, com capacidade para receber qualquer tipo de evento, com reflexos para o turismo em todo o estado. O nosso estádio é dinâmico e foi reconstruído com uma concepção contemporânea, tendo como proposta básica a funcionalidade. Os mineiros poderão utilizá-lo não apenas durante os campeonatos de futebol, mas em todo tipo de atividade esportiva e cultural. Estamos entregando um espaço de convivência, com lojas, restaurantes e um museu do futebol, tudo de acordo com o conceito de arena multiuso”, explicou.

Depois de considerar um marco a entrega do estádio no prazo acordado, Anastasia disse que o governo apostou na parceria público-privada porque o consórcio de empresas “detém a experiência de administração desse tipo de negócio”. No mesmo tom de satisfação, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que no seu governo iniciou as obras concluídas por Anastasia, lembrou que além da própria reforma do Mineirão o sucesso da iniciativa teve ainda o suporte de um planejamento da cidade iniciado ainda em 2003, com a criação da Linha Verde, a duplicação das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, que criaram novos eixos de integração com a Região Norte da capital. “O cumprimento do cronograma e a PPP colocam Minas na vanguarda, demonstram uma gestão eficiente. Além disso, outras ações coordenadas, como os novos eixos viários, integraram o Mineirão à cidade”, disse.

Metas

Segundo o gerente do programa de PPP do governo de Minas, Marcos Siqueira, ao priorizar o cumprimento de metas para a prestação serviços por meio de indicadores de qualidade, ficará garantida uma relação de ganho tanto para os setores público e privado, quanto para os usuários. Isso porque a satisfação do serviço oferecido ao torcedor será um dos aspectos determinantes para o pagamento ao consórcio que administrará o estádio. “Acreditamos nesse mecanismo como forma de gerar eficiência na gestão. Em vez do modelo tradicional, em que a empresa responsável entrega a obra pronta e depois não tem mais qualquer interesse na gestão ou na qualidade do material usado, a operação do novo Mineirão por 27 anos foi pensada desde o início junto da execução da obra”, explica Siqueira.

Por meio de pesquisas de opinião semestrais com o público, o governo e o consórcio administrador vão poder acompanhar a satisfação com as novas instalações. Também serão avaliados entre os usuários (torcedor, imprensa e clubes) outros itens ligados a prestação de serviço, como limpeza das instalações, segurança e manutenção da infraestrutura. Caso o retorno seja negativo, o estado poderá impor penalidades aos administradores, reduzindo os repasses e até mesmo interrompendo a concessão do estádio. “A qualidade do que será entregue ao público foi colocada em primeiro lugar. Essa parceria teve algumas peculiaridades importantes, com um investimento privado e garantias de que o retorno ficará condicionado ao bom desempenho”, ressalta o gerente do programa de PPP.


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