Em um churrasco com assessores e aliados na tarde desta sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou preocupação em como conciliar sua agenda de palestras em 2013 e o desafio que se lançou: voltar a viajar pelo Brasil a partir do próximo ano sem ofuscar o desempenho da presidente Dilma Rousseff num ano decisivo para a eleição presidencial de 2014.
Acompanhado da ex-primeira-dama Marisa Letícia e do neto Arthur, Lula participou da festa de confraternização com os funcionários do Instituto Lula e recebeu o ministro da Educação Aloizio Mercadante, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, os senadores Lindberg Farias (PT-RJ) e Jorge Viana (PT-AC), além de conselheiros do Instituto Lula.
Segundo um dos participantes, a pauta do encontro ficou concentrada em seus projetos para 2013 e passou longe de temas quentes, como a crise no Congresso sobre a distribuição dos royalties do petróleo, a Operação Porto Seguro e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de cassar os parlamentares condenados no processo do Mensalão. "Não estava na agenda esse negócio do procurador (Roberto) Gurgel (que pediu a prisão dos condenados do Mensalão), do Supremo e dos royalties", contou um aliado. Segundo o correligionário, apesar do depoimento do empresário Marcos Valério (que afirmou ao Ministério Público Federal que o esquema do Mensalão pagou despesas pessoais de Lula), o ex-presidente está "surpreendentemente bem tranquilo". "Ele e a Marisa estavam num astral legal", ressaltou.
Após o Natal, Lula deve viajar com a família e só voltará ao trabalho em meados de janeiro, quando definirá sua agenda de palestras.