O senador Aécio Neves (PSDB) e pré-candidato dos tucanos à Presidência da República fez um balanço negativo da administração da presidente Dilma Rousseff durante o ano de 2012. De acordo com Aécio, o ano que está terminando “conseguiu ser pior do que o ano de 2011”. A avaliação do senador diz respeito ao desempenho da economia. Ele destacou que o Brasil crescerá menos neste ano se comparado com todos os países da América Latina, com exceção do Paraguai, ficando atrás ainda da Europa e dos Estados Unidos.
Aécio também criticou a falta de investimentos suficientes para melhorar a infraestrutura do país. “O Brasil não andou, ficou paralisado nestes últimos dois anos, em especial em 2012. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que é a grande propaganda oficial do governo, nunca teve um desempenho tão pífio”, considerou. Para o senador, as parcerias com o setor privado também não avançaram por “falta de convicção” do governo federal sobre a eficiência desse acordo.
“Ao contrário, o governo marcou 2012 por um excesso de intervencionismo em setores da economia, que reagem. E a conseqüência disso é o afastamento do investimento privado, o que vai fazer com que haja necessidade cada vez maior em áreas que não terão mais atratividade. Os gargalos no setor de infraestrutura são os mesmos que tínhamos anos atrás. A marca da ineficiência e do intervencionismo mostra claramente o que o PT vem fazendo no país ao longo desses últimos dois anos”, disse.
Instituições
Para o senador, o único aspecto positivo neste ano que passou diz respeito á solidez das instituições. “O retrato maior disso foi o julgamento do mensalão que demonstrou ao país inteiro que diferente do passado, em que todos nós acreditávamos que a impunidade era uma marca definitiva da vida brasileira, assistindo avanços importantíssimos nesta área. Os poderosos que agiram de forma irresponsável, que utilizaram dinheiro público para garantir a manutenção ou a eternização de um grupo no poder estão pagando caro por esses atos. Se de um lado a economia vai mal, a infraestrutura não avança, felizmente as instituições democráticas se mostraram absolutamente sólidas. E é exatamente com essa inspiração que devemos entrar em 2013", avaliou.