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Estado de Minas

Vereadores de Divinópolis garantem reajuste dos próprios salários

A votação para o aumento do salário do Legislativo e do Executivo não estava prevista na pauta dessa quinta-feira. No entanto, em articulações de bastidores, os parlamentares resolveram adiantar a aprovação desse projeto.


postado em 28/12/2012 00:12 / atualizado em 28/12/2012 09:18

Vereadores de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, esperaram os instantes finais da última reunião ordinária do ano, realizada na tarde dessa quinta-feira, para aprovar o polêmico aumento de 61% no próprio salário, em 2013. O prefeito e o secretariado também contarão com algumas cifras a mais no contracheque, já que terão aumentos proporcionais aos do Legislativo. Nove dos 13 parlamentares votaram a favor do projeto.

A votação para o aumento do salário do Legislativo e do Executivo não estava prevista na pauta de ontem. O presidente da Casa, Anderson Saleme (PR), chegou a afirmar que o projeto seria apreciado em reuniões extraordinárias que estavam marcadas para esta sexta-feira, às 19h, e sábado, às 15h. No entanto, em articulações de bastidores, os parlamentares resolveram adiantar a aprovação desse projeto. “Conversamos nos bastidores e decidimos tirar três matérias da pauta, para incluirmos o projeto de aumento salarial. Deixamos de votar as propostas que preveem a venda de 243 imóveis da prefeitura, a suspensão dos serviços de trocadores de ônibus no período noturno e nos fins de semana e o empréstimo de R$ 21 milhões para a prefeitura”, detalhou Saleme.

A partir de janeiro, os vereadores e o secretariado de Divinópolis, que ganham R$ 7,2 mil, passam a receber R$ 11,59 mil. Já o salário do prefeito sobe de R$ 12 mil para R$ 19,32 mil. Para a vereadora Heloísa Ceri (PV), a aprovação do projeto foi inconstitucional. “Não se pode legislar em causa própria. Eles votaram a favor deles mesmos. Isso deveria ter sido feito antes de  5 de outubro. Acho que é ilegal e é preciso tomar as medidas cabíveis”, afirma.

Para o presidente da Câmara, caberá ao Judiciário determinar se houve desrespeito à Constituição na definição do reajuste. “Essas providências judiciais terão que ficar para o ano que vem, pois o Poder Judiciário está de recesso. Entendemos que essa foi uma votação que não foi esperada e polêmica”, ressalta. Ninguém da prefeitura foi encontrado para comentar o aumento.


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