Na esteira do baixo crescimento da economia brasileira, o PSDB já se articula em torno do que pensa ser uma alternativa viável em uma provável disputa com a presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais de 2014. Com o objetivo de construir uma agenda econômica com a qual o senador Aécio Neves (PSDB) tentará chegar ao Palácio do Planalto, o grupo de economistas que ajudaram a criar e gerir o Plano Real teve na última quarta-feira mais uma rodada de conversas com o tucano mineiro e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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Na discussão da economia nacional, pesa a favor da oposição a redução da projeção de crescimento da economia brasileira, que até então chegaria a 4,5%, mas não deverá passar de 1%, segundo estimativa do relatório de inflação divulgado no dia 20 pelo Banco Central. Os números negativos colocaram o Brasil novamente na sétima posição entre as maiores economia do mundo, atrás de Grã-Bretanha, França, Alemanha, Japão, China e Estados Unidos.
Novo caminho
“O partido terá um processo de mobilização e discussão com documentos oficiais externando nossa posição”, afirmou ontem o presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana. De acordo com o parlamentar, o objetivo é fazer um diagnóstico profundo da economia brasileira e mundial, e a partir daí, debater um projeto que permita ao país voltar a crescer em níveis mais altos.
“Esse ciclo de 10 anos de governo do PT já demonstrou sinais claros de esgotamento, com instabilidade, diminuição das taxas de investimento e crescimento mínimo do PIB”, reclamou Pestana. O parlamentar argumentou ainda que é necessário um novo caminho para os setores elétrico – que tem apresentado apagões rotineiros –, petrolífero e de infraestrutura.
A justificativa do governo para a redução na projeção de crescimento da economia este ano é a recuperação da atividade econômica doméstica em ritmo diferente do previsto. A estimativa para o crescimento do PIB – que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos – passou de 1,6% para 1%.