Uma obra que ao longo dos anos se tornou peça de ficção para os belo-horizontinos; um sistema de transporte que foi trazido de Bogotá, na Colômbia, como aposta para melhorar o trânsito da capital; e três novos espaços para atender a população na área mais criticada da atual administração, a saúde. Ao apontar os três principais compromissos com Belo Horizonte a serem entregues até o fim de seu segundo mandato, em 2016, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) destaca a expansão do metrô e a implantação do BRT (transporte rápido de ônibus) como formas de reduzir a quantidade de horas perdidas em engarrafamentos diários.

Para rebater as críticas que recebeu no tratamento reservado para a saúde pública, principalmente em relação ao tempo de espera para realização de consultas especializadas e a falta de opções para o atendimento emergencial, Lacerda promete entregar até 2014 três novas unidades de pronto atendimento (UPA), além de substituir quatro já existentes. Dos três novos espaços prometidos, apenas um tem terreno garantido, na Região Noroeste. “Esperamos começar no primeiro semestre as obras que ainda não estão em andamento”, garante Lacerda.

Para 2013 o compromisso dele é inaugurar o BRT, considerado pela prefeitura uma nova opção de transporte coletivo para desafogar o trânsito. Prometido para entrar em funcionamento em junho, atendendo a população durante a Copa das Confederações, os dois grandes eixos nas avenidas Antônio Carlos/Pedro I e na Cristiano Machado ficarão para dezembro.

‘PÉ ATRÁS’ Já a promessa de expansão do metrô de BH – que hoje conta com menos de 30 quilômetros de extensão e transita em uma velocidade média de apenas 37 km/h – é recebida pela população com um pé atrás, quase como uma piada velha repetida de quatro em quatro anos nos palanques políticos.

Já em 1967 os jornais da cidade traziam manchetes com o sonho de um metrô que varasse a cidade de ponta a ponta. Mas só em 1981 as obras começaram. O plano era de que em 1983 a Linha 1 seria entregue. No entanto, somente em 1986 um trecho de 12,5 quilômetros começou a funcionar, ligando a Região Central ao Eldorado. Em 2002, com duas décadas de atraso, a linha foi concluída até a Estação Vilarinho. Desde então, nenhuma promessa vingou.

Mesmo com tanta descrença, Lacerda garante que até o fim de seu segundo mandato a ampliação do metrô estará praticamente concluída, com dois novos trechos ligando o Barreiro ao Calafate – Linha 2 – e a Savassi à estação da Lagoinha – Linha 3 –, além da modernização do trecho existente e ampliação de 1,5km até o Bairro Novo Eldorado, em Contagem.

O prefeito também já prevê para 2016 iniciar estudos para viabilizar outros projetos para ampliação do metrô, um deles na continuação da linha 2 com cerca de 7km, que ligaria a estação Calafate ao Bairro Santa Tereza, e outro estimado em 6km conectando a Savassi ao Belvedere. Mas o socialista ressalta que, apesar de entrar no seu plano de governo, essas obras ficarão para o próximo prefeito. “Para essas extensões vamos ter de buscar recursos para fazer projetos, encaminhá-los para a próxima administração e ver se poderão ser encaixados no modelo da parceria que será usado para construir as novas linhas”, explica Lacerda.

 

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