Responsável por tentar punir e reaver na Justiça o dinheiro desviado por servidores federais, a Advocacia Geral da União (AGU) ajuizou no início deste mês 100 ações, que cobram cerca de R$ 70 milhões. A maior parte dos recursos diz respeito ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação: são 48 processos, que cobram a devolução de R$ 28,45 milhões pela inadimplência em convênios realizados em projetos educacionais que não foram cumpridos.
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Polícia Federal prende empresários e servidor acusados de desvio de verba públicaInquéritos da PF apuram desvio de verba em prefeituras de todo país Caça aos terceirizados na Prefeitura de BHEm 10 anos, quatro mil foram expulsos do serviço público por corrupçãoMas a tarefa não é fácil. O tempo médio de tramitação dos processos ajuizados pela AGU é de 7 anos. Ainda que haja demora no pagamento, a AGU tem tomado medidas como o bloqueio das contas dos devedores – em 2011 foram R$ 338,63 milhões. O julgamento de processos resultou na recuperação de R$ 330 milhões. Balanço apresentado pelo órgão em outubro deste ano mostra que foram ajuizadas 429 ações de improbidade administrativa contra servidores públicos e ex-servidores ao longo de 2011, acusados de terem desviado R$ 300,8 milhões.
Prédio Relatório dos últimos três anos de gestão da AGU (2010–2012) mostra bem a dificuldade do órgão para reaver recursos.