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Alckmin diz que Haddad pode contar com seu apoioHaddad pede participação da população em seu mandatoFernando Haddad terá maior equipe femininaHaddad quer saída imediata de moradores de área de riscoNomeada por prefeito de São Paulo tem bens bloqueadosRenegociação da dívida da Prefeitura de SP pode dar sobra de caixa de R$ 1 bilhãoHaddad diz em posse que a dívida de SP é insustentávelAntes do discurso de pouco mais de 20 minutos, ainda na transmissão de cargo, Haddad recusou a caneta oferecida por Kassab e preferiu utilizar a sua própria. Apesar de citar a dívida da cidade, no pronunciamento, Haddad elencou como prioridade o enfrentamento da miséria extrema. “Não é possível viver com tanta desigualdade, mazelas, com crianças brincando em esgoto a céu aberto e trabalhadores desamparados. Existe ainda muita miséria na cidade de São Paulo”, afirmou o prefeito, que pediu uma “busca ativa” para identificar as pessoas que precisam de ajuda.
Em resposta, o governador Geraldo Alckmin afirmou, em seu discurso, que os interesses da cidade estão acima dos interesses partidários, numa referência à disputa entre os partidos de ambos. “Você poderá sempre contar com o apoio do governo do estado naquilo que for de competência e interesse de São Paulo”, disse Alckmin. O governador concordou que o desafio dos prefeitos paulistas é “ultrapassar as dificuldades que atingem a qualidade de vida da população”. “Governar a cidade de São Paulo é um enorme desafio, é por isso que é tão estimulante.”
‘OUTRA FREGUESIA’ Em sua despedida, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que deixa o cargo com a sensação de dever cumprido e “com a cabeça erguida”. Citando o poeta Mário Quintana, Kassab disse que agora vai alçar novos voos em sua carreira política. “Vou cantar em outra freguesia”, afirmou, muito emocionado. Em um discurso de aproximadamente 15 minutos, Kassab disse que passou os últimos dias entregando obras e que, neste momento, “começa a sentir o vazio” de deixar o posto. Ele ainda recomendou ao novo prefeito uma atenção especial com as finanças municipais, mencionando diretamente a dívida da prefeitura com o governo federal. “A dívida com a União é impagável.”
Entre os presentes na transmissão de cargo de Kassab para Haddad estavam o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
VEREADORES O vereador Toninho Paiva (PR) foi internado e não pode presidir a sessão de cerimônia de posse do prefeito Fernando Haddad (PT) e dos vereadores. Não foi informada a doença dele. Aos 70 anos, Paiva deveria dar posse aos 52 dos 55 parlamentares eleitos em outubro. A sessão foi presidida por Gilson Barreto (PSDB).
O grande ausente
O ex-presidente Lula não foi à posse do prefeito Fernando Haddad (PT). Segundo a assessoria de imprensa do PT, o padrinho político do prefeito está em viagem com a ex-primeira-dama Marisa Letícia. Os assessores do ex-presidente disseram que “Lula nunca cogitou ir à posse de Haddad”. Ele faltou também à posse de seu filho, Marcos Lula (PT), que assumiu uma cadeira na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).