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Derrota O PSB foi o maior derrotado nessa disputa. Ao apoiar Henrique Braga, eles acabaram sem vaga na Mesa e, pelo que corre nos bastidores, os socialistas vão ficar também sem as principais comissões. Já o PTdoB acabou ganhando três cadeiras na direção da Câmara.
O cenário formado na Casa não é bom para o prefeito. Até aliados do governo consideram que a vitória de Burguês foi uma grande derrota para Lacerda na Câmara. Agora, além da oposição do PT e do PCdoB, o prefeito vai ter que suar para conseguir apoio do grupo ligado ao presidente.
Apesar de negar que vá fazer oposição ao Executivo, Burguês deu o recado: “O que vai acontecer é que ele (Lacerda) vai ter que conversar mais, fazer reuniões mais longas para aprovar um projeto”, afirmou. Corre nos bastidores que Wellington Magalhães está tentando formar uma bancada “independente”.
Em relação à sua posição contrária a do partido, Léo Burguês afirmou que o PSDB não chegou a escolher ninguém. “O PSDB é um partido democrático. Ele deixa para os parlamentares o que acha melhor. Como nós temos bons candidatos, lançamos dois candidatos à presidência”, afirmou, e acrescentou: “O prefeito ter a preferencia dele é legítimo, o deputado Marcus Pestana ter a preferencia dele é legítimo, o senador Aécio Neves também, a plateia gostar de um ou de outro é legítimo, mas quem decide são os vereadores”, disse o presidente reeleito
Tão logo foi proclamada a vitória de Léo Burguês, os visitantes que lotaram as galerias da Casa se dividiram em aplausos e vaias. Um dos filhos de Henrique Braga e um simpatizante da candidatura de Burguês – que não tiveram os nomes divulgados – protagonizaram uma briga que terminou na expulsão dos dois pelos seguranças da Câmara.
A votação começou pouco tempo depois da inscrição das chapas. Dar agilidade no processo foi uma manobra de Burguês para evitar que o grupo opositor tivesse mais tempo para articular. Ele colocou as chapas em votação quando alguns vereadores ainda estavam reunidos. Adriano Ventura (PT) contou que quando saiu da Casa da Dinda – espaço localizado no plenário –, onde ainda estavam articulando, já tinha passado sua vez de votar.