Jornal Estado de Minas

Vice-presidente da Câmara de BH foi cassado em 2010

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De vereador cassado a vice-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte. A trajetória política de Wellington Magalhães (PTN) pode até ter seus altos e baixos, mas o parlamentar não tem do que se queixar. Há dois anos ele perdeu o mandato de vereador da capital depois de ser cassado por abuso de poder econômico ao distribuir sopão a pessoas carentes para conseguir votos durante a campanha de 2008 – quando aliás, conseguiu o título de segundo mais votado nas eleições.
Em 2011, ocupou durante pouco mais de um mês o cargo de vice-diretor-geral da Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais (Ademg) – sendo exonerado depois que o Estado de Minas mostrou a nomeação do ficha-suja para ocupar uma cadeira comissionada no governo mineiro. A partir daí, o então ex-vereador partiu para polêmicas articulações políticas que o levaram à Presidência do PTN, partido a que havia se filiado havia pouco tempo quando assumiu o comando.

Pela legenda, inscreveu-se para disputar mais um mandato de vereador. Por um descuido do promotor responsável pelo seu caso, o Ministério Público Eleitoral (MPE) deixou vencer o prazo para a impugnação do pedido de registro de sua candidatura sob a alegação de ser um ficha-suja. Para corrigir a falha, o MPE apresentou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mineiro um documento para ser anexado ao seu processo. Mas a estratégia não funcionou.

Dias depois Wellington Magalhães obteve na Justiça a autorização para ser candidato. E conseguiu em 7 de outubro 8.436 votos, número que garantiu a ele uma das 41 cadeiras de vereador de Belo Horizonte. Antes mesmo da posse, participou ativamente das articulações para a disputa pela Presidência da Câmara – tendo inclusive seu nome indicado para presidente da Casa. Rejeitado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), abriu mão de sua candidatura e foi premiado com o terceiro cargo mais importante da Mesa Diretora, o mesmo que ocupava quando teve a cassação declarada pela Câmara.