De vereador cassado a vice-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte. A trajetória política de Wellington Magalhães (PTN) pode até ter seus altos e baixos, mas o parlamentar não tem do que se queixar. Há dois anos ele perdeu o mandato de vereador da capital depois de ser cassado por abuso de poder econômico ao distribuir sopão a pessoas carentes para conseguir votos durante a campanha de 2008 – quando aliás, conseguiu o título de segundo mais votado nas eleições.
Pela legenda, inscreveu-se para disputar mais um mandato de vereador. Por um descuido do promotor responsável pelo seu caso, o Ministério Público Eleitoral (MPE) deixou vencer o prazo para a impugnação do pedido de registro de sua candidatura sob a alegação de ser um ficha-suja. Para corrigir a falha, o MPE apresentou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mineiro um documento para ser anexado ao seu processo. Mas a estratégia não funcionou.
Dias depois Wellington Magalhães obteve na Justiça a autorização para ser candidato. E conseguiu em 7 de outubro 8.436 votos, número que garantiu a ele uma das 41 cadeiras de vereador de Belo Horizonte. Antes mesmo da posse, participou ativamente das articulações para a disputa pela Presidência da Câmara – tendo inclusive seu nome indicado para presidente da Casa. Rejeitado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), abriu mão de sua candidatura e foi premiado com o terceiro cargo mais importante da Mesa Diretora, o mesmo que ocupava quando teve a cassação declarada pela Câmara.