O 61.ºprefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de 49 anos, defendeu nesta terça-feira no discurso de posse a renegociação da dívida paulistana, para obter recursos para investimento. “Esse acordo não se sustenta e temos de levar ao Congresso uma proposta de repactuação da dívida do Município.” Em seguida, destacou outras três prioridades que devem guiar a gestão: o combate à miséria, investimentos em moradia e a melhoria na eficiência dos serviços da saúde e da educação.
Depois da cerimônia, Haddad falou ainda ao jornal O Estado de S. Paulo que, com a renegociação da dívida do Município com a União de 20% a 30% das necessidades de investimentos da capital paulista seriam retomadas. Segundo o prefeito, só com a União, o débito chega a R$ 50 bilhões, o que o levou a negociar diretamente com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“Já tivemos algumas reuniões e ainda nesta semana teremos um novo encontro”, disse, na noite desta terça. “Há uma percepção clara da presidenta (Dilma Rousseff) e do ministro (Mantega) que a situação se tornou insustentável.”
Sem a repactuação, Haddad afirmou que vai começar seu governo com os recursos orçamentários de custeio, o que é suficiente para um mês, e com as parcerias dos governos estadual e federal. “Não temos recursos para o que foi divulgado na campanha”, concluiu.