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O ex-presidente do PT negou que haja pressão interna na Câmara dos Deputados contra a sua posse e citou sua trajetória política, que começou em 1967, quando era militante estudantil. “Sempre tratei todos os deputados sem provocação ou rancor e me dou bem com todos. Não trabalho nem trabalharei sob pressão. Eu faço política sem ódio ou rancor”, comentou o deputado empossado.
Ele evitou qualquer especulação sobre quanto tempo terá de mandato. Como o processo do mensalão envolve 25 condenados por sete crimes diferentes, a publicação do acórdão pode ficar para 2014. “Não tenho previsão sobre quanto tempo terei de mandato, mas vou exercê-lo atuando nas comissões, em plenário, defendendo os governos Lula e Dilma, nossas bandeiras e estratégias. Faço política porque tenho causas e sonhos, sempre fui um deputado de ideias e discussões”, justificou.
Salário
A cerimônia de posse de 14 parlamentares (veja quadro) ocorreu na sala de reuniões da Presidência da Câmara, e foi presidida pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO). A solenidade não durou mais que 10 minutos e nenhum dos novos deputados teve direito a discurso. Na lista, o parlamentar de maior destaque nacional, depois de José Genoino, era Nilmário Miranda (PT-MG), que foi ministro da Secretaria de Direitos Humanos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, com quem mantém forte ligação. Além dele e de Genoino, o PT ganhou mais quatro deputados.
Assim como Genoino, a ficha de alguns dos que chegam ou retornam à Câmara não é tão limpa. O caso mais semelhante é o de Paulo Fernando dos Santos (PT-AL), o Paulão. No dia 18, ele foi condenado pela Justiça de Alagoas a devolver aos cofres públicos dinheiro da verba de gabinete da Assembleia Legislativa que teria sido desviado para pagar empréstimos feitos em bancos privados. Ele e outros 14 réus ainda tiveram os direitos políticos cassados, mas a decisão só terá efeito após transitada em julgado.