O PSDB quer manter no segundo mandato de Marcio Lacerda o que já tem: a BHTrans e a Secretaria de Saúde. As duas pastas foram conquistadas em 2008, quando o senador Aécio Neves (PSDB), à época governador do estado, apadrinhou o prefeito, que tinha sido seu secretário de Estado. Os tucanos também exigem a Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Econômico, ligada à Secretaria de Desenvolvimento, desejada por Tibé. Outro pedido da mais alta cúpula tucana ao prefeito é a condução do presidente municipal do PSDB, deputado estadual João Leite, ao comando da Secretaria de Obras. Nos bastidores corre a informação de que o prefeito não gostou da indicação. Oficialmente, os tucanos afirmam que ainda não obtiveram retorno.
Quando a Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Econômico foi criada por Lacerda, era considerada essencial ao governo. Tanto que ele colocou no cargo um de seus homens de confiança: Marcelo Faulhaber, do grupo técnico de Lacerda, com cargo garantido na montagem do novo secretariado.
Refém Marcio Lacerda deve sua eleição ao apoio dos tucanos, principalmente do senador Aécio Neves e do governador Antonio Anastasia. Como já houve um desgaste com o PSDB na condução da eleição da Mesa Diretora da Câmara, um novo choque pode custar caro a Lacerda. Não se pode perder de vista que o nome do prefeito é considerado para a sucessão de Anastasia em 2014. Aécio e o governador foram responsáveis por demover Délio Malheiros (PV) da candidatura a prefeito, convencendo-o a se tornar vice de Lacerda, quando Patrus Ananias foi anunciado como candidato do PT. Outra articulação do alto tucanato mineiro foi a saída de outro pré-candidato da disputa, o deputado federal Eros Biondini (PTB), com votação expressiva no eleitorado da Renovação Carismática. Após a eleição, Biondini se tornou secretário de estado de Esportes e Juventude.