“A caneta está na mão do prefeito”, avalia um interlocutor próximo de Marcio Lacerda. Essa caneta poderá ser usada, se necessário, para reunir maioria na Câmara Municipal. No mandato passado, os projetos de interesse da PBH já eram negociados caso a caso diretamente com os parlamentares. Para isso, desta vez, Lacerda segura as modificações que promoverá na administração para acomodar os aliados. Depois de reservar os cargos que considera de preenchimento mais “técnico”, entre eles a Secretaria Municipal de Planejamento e a Secretaria Municipal de Obras, pleito do PSDB, o prefeito pretende costurar a sua base política no Legislativo.
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Burguês ouve PT sobre comissões na Câmara de BHLacerda faz teste psicológico para definir 1º escalão da Prefeitura de Belo HorizonteLacerda admite distorções na Associação Municipal de Assistência SocialHá outro projeto que trata de uma parceria público-privada (PPP) para a construção de um centro de logística na região do Jardim Canadá, retirando da BR- 040 o trânsito de grandes caminhões. Há ainda matérias relacionadas à legislação urbana na região central do Barreiro.
As conversas com os partidos políticos para o início da composição do governo se darão na semana que vem. Necessariamente, a interlocução tenderá a se iniciar com a pergunta: “A cidade tem interesse em aprovar alguns projetos. De sua bancada na Câmara, quantos votos pode assegurar?”. Em desdobramento ao problema colocado, a discussão deverá se deslocar para os vereadores que, como se evidenciou na sucessão da Mesa Diretora, não acompanharam os partidos políticos.
Com três vereadores, o PSDB lançou dois candidatos: Henrique Braga, em acordo com a direção do PSDB, em negociação conduzida pelo deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB) e acompanhada pelo presidente estadual, Marcus Pestana; e a candidatura vitoriosa de Leo Burguês (PSDB), apoiada pelo secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro, que participou da articulação e atraiu votos de vereadores de pequenas legendas, sobre as quais exerce influência.
Não apenas no PSDB, mas nenhuma outra legenda votou inteira com uma das chapas. Nem o próprio PSB. Dos seis vereadores do partido, cinco apoiaram Henrique Braga, acompanhando Lacerda. Mas Alexandre Gomes não apareceu na hora de se manifestar na urna. Também o PV, legenda do vice-prefeito Délio Malheiros, teve um de seus vereadores, Leonardo Mattos, apoiando Leo Burguês e outro, Sérgio Fernando, ao lado de Henrique Braga.
Sem ter tirado férias no ano passado, Marcio Lacerda elegeu as duas primeiras semanas de janeiro para descansar. Nos primeiros dias do ano, foi a Escarpas do Lago. Hoje, estará de volta à capital mineira, mas pela próxima semana ainda acompanhará as grandes questões da PBH de sua casa.