Jornal Estado de Minas

Presidente da Odebrecht cobra de Dilma mais fiscalização das licitações

Agência Brasil
Em reunião com a presidenta Dilma Rousseff, o diretor-presidente da Odebrecht S.A., Marcelo Odebrecht, cobrou nesta quinta-feira mais fiscalização do governo sobre as licitações e parcerias público-privadas (PPPs). Segundo o executivo, muitas vezes os vencedores dos leilões não cumprem os contratos e as obras não são entregues.
“Quando o governo licita uma concessão ou uma PPP, há necessidade de depois o governo cada vez mais fiscalizar, ter certeza que aqueles investimentos de fato ocorrem. Muitas vezes a gente vê gente prometendo, entrando, ganhando a licitação e depois não entregando. Enfatizei a necessidade cada vez maior de o governo assumir o papel dele de fiscalizador das empresas que prometem os investimentos e as vezes não cumprem”, disse Marcelo Odebrecht após o encontro com Dilma. O controle, segundo o empresário, tem que ser exercido tanto pelo governo federal com no âmbito federal, estadual e municipal.

Odebrecht e Dilma também conversaram sobre investimentos e medidas para retomada do crescimento da economia. “Ela está ouvindo empresários para saber o que pode ser feito para melhorar a questão dos investimentos e do crescimento do país”. A Odebrecht já tem R$17 bilhões comprometidos com investimentos em 2013, e, segundo o diretor-presidente, está interessada em novas licitações para este ano nas áreas de infraestrutura, saneamento e logística, inclusive nas concessões de portos e aeroportos.

Perguntado sobre a situação do suprimento de energia do país, o executivo disse que não acredita na possibilidade de racionamento. “Eu não acho que exista hipótese de racionamento no Brasil. O país tem uma situação em que você pode até ter um aumento de custo por causa do uso das térmicas, mas acho que não existe nenhum risco de racionamento no Brasil”, declarou.