Uma reunião de urgência foi realizada na tarde dessa sexta-feira para discutir a situação do carnaval com representantes do setor de turismo da cidade, empresários, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar e outra já está marcada para segunda-feira, quando, segundo a secretária de Cultura, Bya Betelli, “será batido o martelo”. Ela acredita que a saída será a realização de uma parceria público-privada envolvendo donos de pousadas e de restaurantes e comerciantes. “Diamantina tem uma importância enorme, nós não podemos deixar de fazer o carnaval. Os empresários da cidade sempre nos ajudaram, não tem por que eles não nos ajudarem agora”, completa.
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Fechar as portas foi saída para prefeituras endividadas Maioria dos prefeitos recém-empossados no país encontra caos nas prefeiturasPrefeitos tomam posse, mas fecham prefeituras no Ceará Tribunal é obrigado a recorrer à Justiça para cobrar dívidas de prefeiturasFalta de coleta de lixo em municípios contribui para aumento da dengue em MinasNo ano passado, além do palco principal, sete palcos espalhados pela cidade garantiram a diversão dos cerca de 40 mil turistas de todo o Brasil e de várias partes do mundo. Mesmo com toda a estrutura de um dos maiores carnavais do país, a cidade sofreu com lixo espalhado e com o mau cheiro de xixi. Este ano, a prefeitura pode ter dificuldades para garantir limpeza, segurança e conforto para quem vai visitar Diamantina. O número de ambulâncias e plantonistas que mantêm os hospitais em pleno funcionamento no período também é outra preocupação.
Presidente da Associação Diamantinense de Empresas Ligadas ao Turismo (Adeltur) e proprietária da Pausada do Garimpo, Mariana Pereira admite que a procura por hospedagem está um pouco abaixo do esperado para o feriado. Cármen Couto Nascimento, dona da Pousada Relíquias do Tempo e também diretora da entidade, afirma que a baixa procura é causada pela época do carnaval, no começo de fevereiro. “Quando ele é nesse período, as pessoas demoram mais para reservar hospedagem. Elas fazem isso depois que voltam das férias. Acredito que a cidade vai ter um carnaval muito bom, é uma festa muito tradicional e os diamantinenses não vão deixar que ela fique para trás”, afirma.
Vaivém na prefeitura
O prefeito eleito, Paulo Célio, foi impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tomar posse, devido a irregularidades antigas do vice-prefeito eleito, Gustavo Botelho (PP), que já exerceu o cargo de prefeito, entre 2001 e 2008. O TSE impugnou a chapa. Com isso, quem assumiu foi o presidente da Câmara, Maurício Maia, do mesmo partido de Paulo Célio, mas novas eleições devem ser marcadas em breve pelo tribunal.
O prefeito interino herdou de Padre Gê uma prefeitura com graves problemas. Gê foi alvo de uma comissão parlamentar de inquérito na Câmara Municipal, concluída no fim do ano. Segundo o decreto de emergência de Maia, a prefeitura deve pouco mais de R$ 1 milhão só em salários de servidores, que não receberam os dedezembro. A quantia não foi nem empenhada na folha de pagamentos e a Câmara da cidade vai se reunir também na segunda-feira para autorizar o pagamento emergencial dos funcionários municipais. Além disso, o texto informa que o lixo acumulado é outro problema, já que, sem receber, os garis ameaçam fazer greve. O prefeito informou que a coleta de lixo será normalizada somente depois do dia 18, quando a prefeitura volta a funcionar.
Cancelado
A cidade de nome sugestivo e carnaval tradicional no Sul de Minas, Santa Rita do Sapucaí, anunciou na quinta-feira o cancelamento da festa por motivos semelhantes aos que preocupam os turistas que vão para Diamantina. A dívida do município chega a R$ 3 milhões, segundo informou o prefeito Jefferson Gonçalves (PR), e os gastos com a folia giram em torno de R$ 600 mil. Blocos e escolas de samba que já tinham tido gastos antecipados e comerciantes da cidade lamentam a situação.