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A data do novo pleito em Diamantina deve ser definida na sessão plenária de hoje do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Também está na pauta do TRE-MG a marcação de nova eleição em Cachoeira Dourada, no Triângulo Mineiro. O prefeito eleito, Walter Pereira Silva (PTB), teve 60% dos votos válidos, mas foi impedido pela Justiça eleitoral de exercer o mandato.
Outra cidade em que os eleitores terão que voltar às urnas e aguardam uma decisão do TRE sobre a data é Rochedo de Minas, na Zona da Mata. O prefeito eleito, Sérgio Colleta da Silva (PP), obteve 55,17% dos votos válidos e também teve o mandato cassado pela Justiça eleitoral. De acordo com a lei, quando o primeiro colocado consegue mais de 50% dos votos e é cassado, uma nova eleição é convocada. Se o total de votos válidos obtidos for inferior à metade do total, o segundo colocado na eleição assume o posto. Isso foi o que aconteceu em três cidades: Arcos, na Região Centro-Oeste; Corinto, na Região Central; e Senhora do Porto, no Vale do Rio Doce.
Em Arcos, tomou posse Roberto Alves da Silva (PCdoB), que obteve 33,34% dos votos válidos. Em Corinto, Nilton Ferreira da Silva (PSDB) e o vice, Adjalme de Jesus Chavis (PP), foram cassados por abuso de poder político e de autoridade. Assumiu o cargo Sócrates Lima Filho (PSC), que obteve 32,93% dos votos válidos. Em Senhora do Porto, assumiu a chefia do Executivo Geraldo Lúcio Albino (PSB), que teve 1.255 votos, ou seja, 47,63% da preferência do eleitorado.
Sete cidades aguardam uma decisão final da Justiça Eleitoral para saber se terão um novo pleito: Camanducaia (Sul de Minas), Olaria (Zona da Mata), Novo Oriente de Minas (Vale do Jequitinhona), Capela Nova (Central), Verdelândia (Norte de Minas), Água Boa (Rio Doce) e Orizânia (Zona da Mata). Já em Piedade dos Gerais (Região Central) e Ibiá (Alto Paranaíba) a decisão cabe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em Ibiá, a situação é curiosa. O primeiro colocado nas urnas, Paulo José da Silva (PMDB), teve 44,34%, e, caso seja impugnado pelo TSE, o segundo colocado, Hélio Paiva da Silveira (PP), poderia assumir. Porém, tanto o primeiro quanto o segundo colocado aguardam uma decisão do TSE, e, caso ambos sejam impedidos, uma nova eleição será convocada.
A situação mais pitoresca é a de Biquinhas, na Região Central, distante 270 quilômetros de Belo Horizonte. Na cidade, de 2.630 habitantes, um namoro enrolado impediu que Arisleu Ferreira Pires (PSDB) assumisse a prefeitura. Logo após a eleição, os ministros do TSE entenderam que Arisleu vive em união estável com Valquíria Silva. Arisleu foi eleito pela quarta vez prefeito da cidade. No intervalo entre seus governos – de 2004 a 2008 – a prefeita foi Valquíria. Os ministros decidiram que vale o parágrafo 7º do artigo 14 da Constituição federal: “São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da República, de governador de estado ou do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”.
Em todo o país apenas 14 cidades têm uma data para a eleição. Ainda falta definir a data de 45 dos 59 municípios que tiveram o resultado do último pleito anulado. Além das duas mineiras (Biquinhas e São João do Paraíso), 12 já definiram o calendário: Guarapari (ES) será a primeira a conhecer o novo prefeito, em 3 de fevereiro. Um mês depois, em 3 de março, será a vez de mais 10 cidades resolverem a pendência: Bonito (MS), Sidrolândia (MS), Tangará (SC), Criciúma (SC), Campo Erê (SC), Balneário Rincão (SC), Camamu (BA), Novo Hamburgo (RS), Eugênio de Castro (RS) e Erechin (RS). Já o município de Pedra Branca do Amapari ( AP) vai eleger o novo prefeito em 31 de março.