Brasília – A disputa pela Presidência da Câmara dos Deputados e do Senado parecia uma barbada. Lançados pelo PMDB com o apoio do PT e da maioria dos partidos, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL) começaram a trilhar o caminho rumo à Mesa Diretora como candidatos intocáveis. Mas, à medida em que se aproxima a data das eleições, a briga pelos cargos fica cada dia mais acirrada. Para chegar à Presidência da Câmara, Henrique Eduardo Alves terá que vencer as dissidências do PMDB, explicar as recorrentes denúncias contra ele e esvaziar a candidatura dos rivais. Já Renan Calheiros vê o surgimento de novos concorrentes à Presidência do Senado. Os antagonistas do alagoano querem complicar o caminho de Renan e forçar um debate mais amplo.
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No caso da disputa pela Presidência do Senado, a reta final da eleição começa a trazer algumas preocupações para Renan Calheiros, que apesar dos percalços segue como favorito absoluto. Ontem, a movimentação de rivais em potencial se intensificou, o que pode forçar o senador do PMDB de Alagoas a deixar o isolamento absoluto que se impôs desde o ano passado. Os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) vão lançar um nome para fazer oposição a Renan, até então candidato único.
Aliado de Calheiros, o senador Gim Argello (PTB-DF) minimiza o impacto de possíveis novas candidaturas e assegura que o caminho de Renan continua livre de obstáculos. “A candidatura do Renan está consolidada. Todos os partidos, dos grandes aos pequenos, garantiram apoio”, disse Gim.