A data em que os eleitores de Cachoeira Dourada, no Triângulo Mineiro, terão que voltar as urnas para escolher novamente o prefeito foi definida nessa terça-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A data será 07 de abril, mesmo dia em que pelo menos outros dois municípios – Biquinhas, na Região Central, e São João do Paraíso, no Norte de Minas -, terão que fazer novas eleições. O motivo da realização do novo pleito foi a cassação do prefeito eleito, Walter Pereira Silva (PSDB), e do vice, Walteci dos Reis Storti (PTB), por compra de votos e por uso da prefeitura em benefício próprio, condutas vedadas pela Legislação.
Segundo a juíza Alice Birchal, relatora do caso no TRE, ficou “configurada verdadeira doação ou distribuição gratuita de bens” pelo secretário de Obras da Prefeitura. Ele teria entregado material de construção a uma eleitora em troca de votos. Walter Pereira venceu com 60% dos votos. Já a segunda colocada Valéria Maria Tano Abrósio (PP), obteve 40%.
Ainda segundo a assessoria do TRE, ainda nesta semana deve ser definida a situação de Diamantina, sobre a data do novo pleito. Outra cidade em que os eleitores terão que voltar às urnas e aguardam uma decisão do TRE sobre a data é Rochedo de Minas, na Zona da Mata. O prefeito eleito, Sérgio Colleta da Silva (PP), obteve 55,17% dos votos válidos e também teve o mandato cassado pela Justiça eleitoral. De acordo com a lei, quando o primeiro colocado consegue mais de 50% dos votos e é cassado, uma nova eleição é convocada. Se o total de votos válidos obtidos for inferior à metade do total, o segundo colocado na eleição assume o posto.
15 cidades podem ter nova eleição em Minas Eleitores de 15 cidades mineiras podem voltar às urnas neste ano para escolher novamente um prefeito. Na maioria desses municípios, os políticos que venceram as eleições de outubro haviam sido denunciados por crimes diversos, concorreram por força de liminares, mas após o pleito tiveram suas candidaturas impugnadas em diferentes instâncias da Justiça eleitoral. Em alguns dos casos ainda cabe recurso. Se as novas eleições forem confirmadas nessas 15 cidades, um contigente de 156 mil eleitores terá que votar novamente. A última a entrar na lista foi Espinosa, no Norte de Minas, cujo prefeito eleito teve a chapa cassada.
Com informações de Daniel Camargos