A nova administração municipal de Montes Claros, no Norte de Minas, convocou para esta semana todos os servidores da prefeitura para um recadastramento. Na gestão passada, houve denúncias da existência de funcionários fantasmas, sendo levantada também a suspeita de que, entre os 5.500 funcionários concursados, existiriam aqueles que não cumpririam horário de trabalho, se dedicando a outras atividades na iniciativa privada. O levantamento da situação dos servidores nessa condição seria o real motivo do recadastramento, embora, publicamente, a prefeitura informe apenas que o objetivo é atualizar os dados do funcionalismo.
O prefeito também anunciou a implantação do ponto eletrônico na gestão municipal. Além dos efetivos, na gestão anterior, de Luiz Tadeu Leite (PMDB), a Prefeitura contava com 5.676 contratados e comissionados. Os contratos deles se encerraram em 31 de dezembro. Antes de tomar posse, Ruy Muniz anunciou um corte de 1,7 mil pessoas, entre contratados e comissionados, deixando 2.500 das áreas de educação e saúde e 1 mil dos demais setores.
Em crise financeira, a prefeitura enfrenta dificuldades para o pagamento dos salários dos servidores, que vem sendo feito com atraso desde setembro. No início do mês, para impedir a interrupção do atendimento em postos de saúde, foram renovados os contratos de médicos, enfermeiros e outros servidores.