O presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, negou nessa quarta-feira pedido de liminar para impedir que o Congresso vote os vetos à lei de distribuição das receitas do petróleo. O mandado de segurança também requeria que a análise de 3 mil vetos pendentes de votação fosse impedida até a instalação de uma comissão para estabelecer um calendário de tramitação.
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Sob pressão dos estados produtores, Dilma vetou trechos que determinavam a redistribuição para campos já licitados e editou uma medida provisória que estabelece a mudança de cálculo só para contratos futuros. Deputados e senadores de estados não produtores tentarão derrubar os vetos, mas uma liminar do ministro Luiz Fux definiu que o caso só poderia ser votado após a deliberação dos 3 mil vetos.
No pedido negado ontem, os parlamentares do Espírito Santo argumentaram que a liminar do ministro desencadeou "verdadeiro contorcionismo" para colocar a questão em votação. Para eles, ocorreu uma "manobra" e um "escancarado estelionato regimental". Ao negar o pedido, Lewandowski afirmou que as questões regimentais do Congresso só podem ser resolvidas pelos parlamentares e não pelo Supremo.