Na condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, de importantes líderes políticos do PT e outras legendas, com penas de prisão e até altas multas, “o que se aplicou foi o princípio da igualdade”, avalia o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP).
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Gurgel diz que esquema do mensalão foi muito "mais amplo"; Dirceu rebateJulgamento do mensalão criou clima de crise da Câmara com o STFCom mensalão, STF julgou maior processo de sua históriaCondenados pelo mensalão devem entrar com embargos no STFQuanto aos recentes embates entre Congresso e Supremo sobre quem deve dar a última palavra no caso das cassações, Temer sugere que os líderes de cada lado sigam com todo rigor o texto constitucional: “Ele não consagra apenas a autonomia dos Três Poderes, mas também a harmonia entre eles”. E acrescenta: “Quando não há harmonia há uma inconstitucionalidade. A Constituição fala em poderes independentes, harmônicos entre si”.
Na prática, isso significa, para Temer - que é também professor de Direito e um estudioso de questões jurídicas - que a decisão do STF é definitiva, mas que cabe à Câmara aguardar a conclusão de todos os recursos. Entre estes, ele menciona a revisão criminal, que permite ao réu pedir, ao Judiciário, a reavaliação de alguma etapa do julgamento em que possa ter havido alguma irregularidade. “A declaração da perda do mandato é um momento político”, avisa.